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Perguntas Frequentes

Perguntas Frequentes

1 - Presenciei maus-tratos. O que posso fazer?

Antes de tudo, esclarecemos que a ProAnima - assim como qualquer outra ONG de proteção animal - é uma entidade da sociedade civil que não tem poder de polícia ou de julgamento. Somos voluntários e nosso trabalho de combate a maus-tratos se dá primordialmente na divulgação da legislação de proteção animal, que estabelece que maltratar animais é crime e que é dever do Estado fazer cumprir a legislação. Ou seja, toda denúncia de maus-tratos pode e deve ser encaminhada às autoridades policiais e é dever do Estado investigar e fazer cumprir a Lei.

A lista de contatos dos órgãos competentes:

Delegacia do Meio Ambiente – Polícia Civil do DF
197
WhatsApp (61) 98626-1197
email: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Portal https://delegaciaeletronica.pcdf.df.gov.br/RegistroOcorrencia/Maus_Tratos_Animais

Batalhão de Polícia Militar Ambiental do DF
WhatsApp 99351-5736
Ouvidoria do GDF:
162 e www.ouv.df.gov.br

<strong">IBAMA:
0800-618080
Email: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Caso tenha dúvidas sobre a sua denúncia, indicamos que você leia os materiais de orientação da ProAnima e o Guia como denunciar os maus-tratos aos animais.

2 - Vocês fazem resgate ou recolhem animais?

Recebemos diariamente dezenas de mensagens sobre animais que já estão ou estão prestes a ficar sem lar. A ProAnima não tem abrigo, pois acreditamos que abrigos não fazem parte da solução do problema do abandono e da superpopulação dos animais. As soluções estão nas ações de educação, repressão aos maus-tratos e na diminuição da população via esterilização cirúrgica (castração) em massa de animais. Os abrigos, por mais legais que pareçam, ao contrário, acabam criando mais problemas do que apresentando soluções.

Não existe em Brasília nenhum serviço de "recolhimento" de animais que os abrigue. São estimados 30 mil animais nas ruas do DF, vagando sem lar. Mesmo que alguém ganhasse na mega-sena, o problema não seria resolvido na base do recolhimento, pois novos animais iriam parar nas ruas.

“Mas eu soube que tem uma mulher...entidade...que recolhe....”

Desconfie. Não recomendamos nenhuma dessas iniciativas de “abrigo” da cidade que recebem animais sem limites. Muitas delas colocam animais em situação de risco e baixa qualidade de vida, pois mais estocam do que protegem animais. Somado a isso, infelizmente, há pessoas que “acolhem” animais somente para fazer campanhas financeiras, afinal a foto um animal ferido ou doente é muito comovente.

Quer colaborar? Primeiro tente checar se a situação é verdadeira, depois ajude a pagar a conta direto na clínica veterinária ou compre medicamentos, ração ou outros produtos que o animal necessite. Outras pessoas “recebem” animais dizendo ser protetores, mas, na verdade, usam esses animais como fábricas de filhotes, explorando-os comercialmente, cobrando pela hospedagem sem oferecer os cuidados devidos.

3 - A ProAnima tem abrigo?

A ProAnima não tem abrigo e não faz resgate de animais. Nossa ação principal não é achar lares para animais abandonados, é atuar na raiz do ciclo que leva ao abandono. Portanto, a ProAnima não tem e não terá abrigo.

Somos contra a abertura de novos abrigos no Brasil na situação atual, pois esses locais se tornam chamarizes para o abandono e a não responsabilização do governo e sociedade para as causas mais profundas da superpopulação de animais.

Em geral, iniciativas que começam como abrigos viram “depósitos” de animais e seus mantenedores se desestabilizam financeira e emocionalmente pela sobrecarga previsível de animais em grandes centros domésticos sem política pública de nenhuma espécie de guarda responsável e controle populacional.

As entidades mais progressistas do Brasil que têm abrigo estão gradativamente substituindo essa atividade por ações de esterilização e educação. Compreenderam que os recursos financeiros e logísticos usados em um abrigo salvariam muito mais vidas se aplicados em ações de prevenção.

A ProAnima acredita que o movimento de proteção precisa ir além da dinâmica desesperada – emergência após emergência – e estruturar ações estratégicas de longo alcance. Precisamos reverter a ideia de que protetor de animal é aquele que somente “cata” todos os bichos que vê pela frente, que acumula inúmeros animais em sua casa e que vive em função da caridade alheia.

Atividades bem estruturadas de assistência direta aos animais são importantes auxiliares na defesa deles, mas, infelizmente, no Brasil, a linha entre uma atuação (proteção responsável) e outra (colecionar animais) pode ser tênue.

Acreditamos e apoiamos protetores que verdadeiramente promovem o bem-estar dos animais, que tenham protocolos cuidadosos com a saúde, pratiquem e difundam a esterilização cirúrgica (castração), promovam a socialização dos animais com reforço positivo e, principalmente, atuem dentro de limites criteriosos do número de animais abrigados.

4 - Se não mantém abrigo, como a ProAnima ajuda diretamente os animais domésticos?

Embora não mantenha abrigo, a ProAnima desenvolveu o Programa Pelos Amigos com o objetivo de promover a adoção responsável de animais domésticos vítimas de abandono e maus-tratos e fruto de apreensões por autoridades policiais do DF. Durante muito tempo, centenas de cães e gatos foram acolhidos pela ProAnima, encaminhados para lares temporários, tratados, vacinados, vermifugados, castrados, socializados, encaminhados para novos lares e acompanhados após a adoção.

Os lares temporários são simplesmente casas particulares de voluntários ou de pessoas da comunidade selecionada que atendem a uma série de requisitos para poder abrigar, por um tempo, animais que necessitam de proteção, alimentação e carinho. São espaços mais apropriados para cuidar de animais de companhia. Ao contrário do que teriam na vida em um abrigo, cães e gatos têm socialização, vida em grupo, convivência familiar, carinho, atenção diária e despesas veterinárias e com alimentação custeadas pela ProAnima.

Contudo, devido ao custo financeiro, a indisponibilidade de pessoal e de organização para atender aos animais que eventualmente possam ser acolhidos, o Programa Pelos Amigos foi repensado e deixou de ser uma atividade fim da ProAnima.

A ProAnima, ainda hoje, tem animais domésticos sob sua responsabilidade em lares temporários (chamados de proanimados). Muitos deles não conseguiram ser doados, são idosos, requerem cuidado veterinário periódico.

Assim, a ProAnima optou por não mais ficar responsável diretamente por animais resgatados, mas, considerando sua disponibilidade financeira e de outros recursos, colabora com iniciativas sérias e responsáveis de assistência a animais, doando a quem possa acolhê-los medicação, alimento, encaminhando para tratamento veterinário e castração; apoiando as ações da fiscalização e apreensão de animais que sofrem maus-tratos; custeando tratamento e castração de animais apreendidos; apoiando as ações de protetores que se preocupam com animais do Centro de Controle de Zoonoses Zoonoses, animais comunitários e de colônias.

5 - Gostaria de ajudar cuidando de animais. Como posso fazer isso e onde?

A ProAnima não tem abrigo e há muitos anos deixou de receber novos animais. Os animais para os quais buscamos lares nos chegaram via apreensões de maus-tratos ou estão sob a guarda de parceiros, em lares temporários. Como são residências particulares, não é possível agendar visitas para “ajudas”. A única forma de interagir diretamente com os animais é adotando um ou tornando-se um lar temporário para um deles.

A ProAnima não tem abrigo e há muitos anos deixou de receber novos animais. Os animais para os quais buscamos lares nos chegaram via apreensões de maus-tratos ou estão sob a guarda de parceiros, em lares temporários.

Como são residências particulares, não é possível agendar visitas para “ajudas”.

As formas de interagir diretamente com os animais é adotando um ou tornando-se um lar temporário ou apadrinhando um animal custeando tratamento veterinário ou castração.

Para ajudar esses animais, você pode se tornar um colaborador financeiro, tornar-se um parceiro da ProAnima para realizar eventos e arrecadar recursos para mantê-los.

A ProAnima mantém o Cantinho Solidário, onde são listadas todas as necessidades dos animais que ajudamos.

6 - Encontrei um animal na rua. O que faço?

Se possível e se o animal parecer dócil, considere acolhê-lo até encontrar o possível responsável por ele. Mantenha-o isolado de seus animais. Se você acha que não tem espaço, lembre-se de que, em geral, um banheirinho ou uma área de serviço podem servir emergencialmente para abrigá-lo.

Às vezes, deixamos de salvar uma vida por que ficamos em dúvida se o animal está perdido ou só passeando. Lembre-se que nenhum proprietário de animal tem o direito de reclamar por você ter prendido (em boas condições, é claro) um animal solto, dado que é obrigação do proprietário mantê-lo sob controle.

Divulgue em suas redes sociais, mande confeccionar faixas e as coloque nas vias de entrada e saída de sua quadra, rua, condomínio.

Confeccione cartazinhos e coloque-os em lojas e clínicas veterinárias próximas à sua casa.

Caso o responsável pelo animal não seja encontrado e você não possa ficar com ele, busque um novo lar que possa adotá-lo. Não é tão complicado assim. É importante levá-lo ao veterinário para que seja examinado, vacinado e avaliado para ser castrado e não ter mais filhotes. Nós podemos partilhar medicações e rações caso tenhamos em estoque. Também podemos indicar veterinários para um primeiro atendimento, mas saiba que não podemos negociar o preço do serviço de um profissional; converse diretamente com o profissional e veja como ele pode ajudar você.

Leia nosso material de orientação na Biblioteca.

7 - Perdi meu animal. O que faço?

Não perca tempo. Vá logo procurar o animal nas redondezas e perguntar aos vizinhos. Procure deixar alguém em casa para o caso de o animal voltar.

Mande a descrição do animal com foto e seus contatos para o nosso email para que possamos divulgá-lo em nossas redes sociais. Divulgue nas suas redes e peça para os seus contatos compartilharem.

Mande confeccionar faixas e as coloque nas vias de entrada e saída de sua quadra, rua, condomínio. Confeccione cartazinhos e coloque-os em lojas e clínicas veterinárias próximas à sua casa. Publique anúncio na imprensa local.

8 - Encontrei um animal, mas não tenho como levá-lo para casa. O que faço?

Se possível e se o animal parecer dócil, considere acolhê-lo até encontrar o possível responsável por ele. Mantenha-o isolado de seus animais. Se você acha que não tem espaço, lembre-se de que, em geral, um banheirinho ou uma área de serviço podem servir emergencialmente para abrigá-lo. Às vezes, deixamos de salvar uma vida porque ficamos em dúvida se o animal está perdido ou só passeando. Lembre-se de que nenhum proprietário de animal tem o direito de reclamar por você ter prendido (em boas condições, é claro) um animal solto, dado que é obrigação do proprietário mantê-lo sob controle.

Caso o responsável pelo animal não seja encontrado e você não possa ficar com ele, busque um novo lar que possa adotá-lo. Não é tão complicado assim. É importante levá-lo ao veterinário para que seja examinado, vacinado e avaliado para ser castrado e não ter mais filhotes. Nós podemos partilhar medicações e rações caso tenhamos em estoque. Também podemos indicar veterinários para um primeiro atendimento, mas saiba que não podemos negociar o preço do serviço de um profissional; converse diretamente com o profissional e veja como ele pode ajudar você.

Se você é um voluntário ativo da ProAnima, poderá utilizar os serviços de clínicas parceiras, com atendimento e castração solidária, com desconto. Se o voluntário seguir o protocolo de bem-estar da ProAnima, o animal poderá ser divulgado pela instituição para adoção. Lembramos que a responsabilidade pelo animal e a triagem para adoção é do voluntário.

A ProAnima possui diversos materiais informativos e educativos que podem auxiliar, consulte a Biblioteca.

9 - Não posso mais ficar com meu animal. Posso entregá-lo para a ProAnima?

Não. A ProAnima não recebe animais indesejados por suas famílias!!!

Avalie bem sua decisão. Há muitas situações - problemas em condomínio, comportamento, alergias, mudanças - que podem ser contornadas com um pouco de boa vontade e investimento e que causarão bem menos sofrimento ao animal.

Se o animal tem problemas de comportamento, já procurou alguém que possa ajudá-lo com treinamento, dicas, etc? Há especialistas em comportamento de animais e livros com muitas dicas úteis para a solução de problemas comuns. Se você não tem recursos, procure ao menos conseguir dicas com tutores mais experientes. Nós também tentaremos ajudá-lo.

Se o animal tem problemas de saúde com os quais você não pode arcar financeiramente, já procurou um veterinário que possa facilitar o pagamento ou hospital universitário que tenha preços mais em conta? Veja lista abaixo.

Lembre-se de que os médicos veterinários precisam cobrar por seu trabalho, pois são profissionais e este é seu sustento; todavia, muitos estão dispostos a flexibilizar as condições de pagamento, conseguir medicamentos mais acessíveis, etc.

Se for um problema financeiro real de um proprietário que mostre disposição de fazer sua parte, uma opção é a "vaquinha" entre amigos para custear o tratamento. Afinal, se algum amigo seu estivesse gravemente doente, você faria isto, não?

Atendimento Veterinário gratuito:
Hospital Veterinário Público
Endereço: Parque Largo do Cortado, Setor F n=Norte, QNF 10/12 - Taguatinga Norte.
Distribuição de senhas: De segunda a sexta de 08h às 10h.
Horário de atendimento: De segunda a sexta de 08h às 17h. Emergências são atendidas até às 15h.
O acesso pode ser feito pela QNF 14 (ao lado do SESI) - Taguatinga Norte.

Atendimento Veterinário em faculdades:
UnB (Asa Norte/3107-2801)
UPIS (Planaltina/3488-9906)
ICESP (Águas Claras/3046-9741)
Faciplac (Gama/3035-1806)

10 - Vou mudar de casa e não posso levar meu animal. Onde posso deixá-lo?

Recebemos muitos chamados de pessoas que não podem (ou presumem que não podem) levar seus animais para novas casas. A maioria das pessoas deixa isso para a última hora, o que resulta não raramente em situações desastrosas para os animais.

Antes de tudo, não presuma imediatamente que não poderá levar o animal para a nova casa. Mesmo em uma mudança de casa para apartamentos, com cães grandes, é importante se questionar o mito de que “cão sofre em apartamento”. Cães sofrem quando não têm carinho e companhia humana e assim vivem muitos cães em casas! Cães são animais sociais, que evoluíram com as pessoas por milhares de anos.

Principalmente se forem exercitados (o que faz bem também para as pessoas!), podem se ajustar muito bem em apartamentos. Resistências de vizinhos muitas vezes são vencidas com polidez, seu comprometimento e responsabilidade como alguém que pratica a guarda responsável.

11 - Já avaliei todas as possibilidades, mas não tenho como continuar com meu animal. Preciso encontrar um novo lar para ele. Alguma dica?

Se você realmente precisa procurar um novo lar para o bicho de estimação, procure com a maior antecedência possível. Antes de tudo, veja como anda a saúde de seu animal. Ele já sentirá a mudança, de modo que quanto mais saudável e imunizado estiver, melhor para ele!

Comunique sua intenção de achar um bom lar para o seu animal em vários meios. Em vez de anunciar um animal “grátis”, o que mostra disposição de se “desfazer” do animal, anuncie que você está à procura de um novo lar e fique à vontade para especificar que lar seria este. Anuncie em pet shops, clínicas veterinárias, nas redes sociais, entre amigos, em seu local de trabalho, etc.

Seja muito honesto com os candidatos a adotantes sobre a personalidade, demandas e características de seu animal. Não esconda os problemas - é melhor demorar mais e encontrar alguém que o aceite como ele é.

Não o entregue para a primeira pessoa que o procurar, pois há pessoas mal intencionadas que procuram animais em anúncios e há as bem-intencionadas, mas sem condições financeiras, logísticas ou psicológicas para manter um animal. Escolha com cuidado para quem você vai doar seu animal. Visite o local onde ele ficará. Finalmente, depois de tomada a decisão, passe o máximo possível de informação sobre o animal para o adotante e esteja disponível para facilitar sua transição e adaptação.

Finalmente, considere seriamente esterilizá-lo! Esta é a garantia de que ele não será usado como fábrica de filhotes e já afastará automaticamente muitas pessoas mal intencionadas. Esta também é a sua garantia de que você não estará lançando centenas de descendentes de seu cão ou gato à própria sorte.

12 - Eu tenho uma gata/cadela que teve filhotes. Posso levá-los até a ProAnima?

A ProAnima não recolhe nem recebe animais !!!

Você mesmo pode e deve procurar bons donos para os filhotes colocando anúncios nas redes sociais, em jornal, em lojas de produtos para animais de estimação e em clínicas veterinárias.

Antes de entregar os filhotes, vacine e vermifugue-os. Além disso, os filhotes devem ser esterilizados antes da doação. E, por favor, esterilize a gata ou cadela mãe logo que ela estiver apta. Selecione bem os adotantes – não os entregue a qualquer um. Veja as dicas de como selecionar um bom lar em nosso material educativo na Biblioteca.

13 - Por que a ProAnima incentiva tanto a esterilização (castração) de cães e gatos?

A resposta é muito simples: não há lares para todos.

A cada criança que nasce, nascem 15 cães e 45 gatos nos centros urbanos onde não há política de controle populacional de animais de companhia.

No Distrito Federal, há milhares de cães e gatos sem lar, vagando pelas ruas e sendo maltratados. É certo que poucas pessoas têm dificuldades de doar filhotes. No entanto, é MUITO comum que uma parte considerável desses filhotes (até os de raça, e os que foram vendidos a preços caros) sejam "passados para frente" indefinidamente, abandonados nas ruas.

Existe ainda o problema das cadelas e gatas de raça que são utilizadas como MATRIZES em "fábricas de filhotes“, cio após cio, vivendo em condições precárias para sustentar seus proprietários gananciosos. Muitas são abandonadas quando não conseguem mais reproduzir ou quando apresentam problemas de saúde.

Gatos e cães esterilizados não ficam apáticos, não perdem seus outros instintos (de proteção, de caça, etc.). Enquanto alguns podem ganhar peso após a cirurgia (o que é controlável com exercícios e ajustes na dieta), outros nunca apresentam esse problema.

Nos machos, cai a propensão de fugas e evita-se o contágio de doenças sexualmente transmissíveis, pois não vão querer cruzar; diminui a agressividade, principalmente em relação a outros machos; diminuem as brigas.

Nas fêmeas, a possibilidade de câncer no útero e piometra (infecção uterina) nas fêmeas é eliminada e a de câncer nas mamas é reduzida.

14 - Eu quero esterilizar meu animal! Como devo proceder?

Parabéns pela decisão de esterilizar seu animal!

Em Brasília, o governo promove campanhas gratuitas de castração por meio do Instituto Brasília Ambiental. Acompanhe os períodos para inscrição no site da instituição: www.ibram.df.gov.br

Outra opção é procurar um veterinário de sua confiança ou os hospitais escolas das faculdades de veterinária.

Atendimento Veterinário em faculdades:
UnB (Asa Norte/3107-2801)
UPIS (Planaltina/3488-9906)
ICESP (Águas Claras/3046-9741)
Faciplac (Gama/3035-1806)

15 - Quero adotar um filhote de cão ou gato da raça X. A ProAnima acha possível?

É muito raro qualquer entidade de proteção ter filhotes de raça sob sua guarda, a não ser que sejam oriundos de apreensões feitas em canis em que haja comprovação de maus-tratos. De qualquer modo, num primeiro momento, caso haja processo judicial, esses animais ficam indisponíveis para doação até que a Justiça decida o destino deles, o que pode demorar. Além disso, animais nessa situação, em regra, precisam passar por tratamento veterinário até que se recuperem plenamente e estejam em condições de serem doados.

Em geral, o que se tem são filhotes de raça vendidos ou doados a pessoas amigas dos criadores. Ocorre, infelizmente, que, muitas vezes, essa venda/doação não é feita com informação, triagem, cuidado e acompanhamento. Por isso, muitos desses animais (em geral a partir de 8-10 meses, quando tornam-se "adolescentes" trabalhosos e a "novidade" passou) acabam sendo "passados adiante" de forma às vezes irresponsável, perdidos, abandonados.

Outros "proprietários" esperam até que fiquem idosos e aí os abandonam. Em outros casos, há reviravoltas na vida das pessoas e os donos encontram-se sem condições de continuar a cuidar de seus animais. A maioria desses animais não tem nenhum problema. Frequentemente, trata-se das características da raça desconhecidas pelo proprietário, que não as pesquisou antes de levar o animal para casa. Outros não foram minimamente educados e desenvolveram maus hábitos - em grande parte reversíveis. Alguns desenvolveram problemas de saúde e foram abandonados. Enfim, "sobram" muitos cães e gatos de raça, mas, em geral, jovens, adultos ou idosos. Se você se interessa por um animal de uma determinada raça, primeiro, pesquise a raça, suas propensões naturais, necessidades e particularidades. Depois, considere adotar um adulto de raça definida.

16 - Qual é a posição da ProAnima em relação aos zoológicos?

A ProAnima não defende os zoológicos nem os aquários !!!

Cada vez que nos deparamos com uma situação, tentamos entender a origem dos problemas dela decorrentes; por isso, a ProAnima estuda e analisa cada situação antes de se manifestar e, para tanto, conta com apoio técnico, científico e jurídico. É muito importante ter CONHECIMENTO antes de fazer julgamento ou de simplesmente compartilhar informações.

Os zoológicos foram criados, inicialmente, com o objetivo de promover a coleção de animais (espécies) e propiciar entretenimento para a sociedade. Com o tempo, o entendimento de que animais são seres sencientes e o avanço de seus direitos, os zoológicos começaram a passar por transformações. O conceito de BEM-ESTAR ANIMAL colaborou muito para essas mudanças, em especial, após a publicação do Relatório do Comitê Brambell, em 1965, para avaliar a situação de animais de produção.

A partir de 1967, o conjunto de princípios denominado CINCO LIBERDADES DO BEM-ESTAR ANIMAL passou a ser utilizado em alguns países para orientar as fazendas de produção. Com o tempo, tais princípios passaram a ser observados mundialmente no manejo de animais em zoológicos, na pesquisa, em clínicas veterinárias e na legislação. Assim, o manejo dos animais de zoológicos foi melhorando.

Em 2015, a ProAnima solicitou à Secretaria do Meio Ambiente do DF melhoria no Zoo de Brasília e também mudanças em seus objetivos. Por meio de um grupo de trabalho composto pela ProAnima, OAB-DF, Conselho de Medicina Veterinária, Ibama, Ibram e Zoo, foram sugeridas melhorias na instituição, incluindo a contratação do Presidente por meio de concurso simplificado, contemplando técnica e experiência, e a mudança na missão do Zoo, “de lazer para conservação”. Assim, várias mudanças nos protocolos foram feitas. Atualmente, nenhum animal entra no Zoo do DF que não seja por meio de um programa de conservação.

O concurso foi realizado e, no período de 2016 a 2018, o Presidente do Zoo foi um médico veterinário, com 16 anos de experiência com animais em cativeiro, período em que várias mudanças foram realizadas, de estrutura e de manejo. Infelizmente, no início de 2019, o Governador Ibaneis Rocha trocou esse profissional experiente por uma pessoa indicada politicamente, sem nenhuma experiência em zoológicos. Em menos de um ano de gestão, 69 animais morreram no Zoo de Brasília. A ProAnima se reportou inúmeras vezes ao Governador, não teve apoio de protetores de cães e gatos e a gestão permanece até hoje.

Repetir a frase odeio zoo nas redes sociais e se manifestar CONTRA TUDO não vai promover nenhuma mudança. Acreditamos que o diálogo sempre é o melhor caminho, mas, sem a união dos protetores de animais, ou melhor, sem a visão de que devemos trabalhar em prol de TODOS OS ANIMAIS, é muito difícil mudar esse tipo de realidade.

NÃO PACTUAMOS COM A IDEIA DE QUE TUDO QUE SE REFERE AO ZOO É RUIM PORQUE OS ANIMAIS VIVEM EM CATIVEIRO! CADA CASO É UM CASO E TEMOS QUE TER A RESPONSABILIDADE DE NOS MANIFESTAR BASEADOS EM DOCUMENTOS TÉCNICO-CIENTÍFICOS, E NÃO NO “EU ACHO”.

Existem BONS E PÉSSIMOS ZOOLÓGICOS NO BRASIL E MUNDO e, ao contrário do que muitos “protetores” pedem nas redes sociais, não é possível LIBERTAR TODOS OS ANIMAIS.

A sociedade CLAMA para que animais de zoológicos sejam retirados dos zoos e levados para SANTUÁRIOS. Ressaltamos que somente os Criadouros Científicos de Fauna Silvestre para fins de Conservação ou Mantenedores de Fauna Silvestre SÃO REGULAMENTADOS pelo Ibama. Os SANTUÁRIOS não existem na prática, NÃO SÃO OFICIALMENTE FISCALIZADOS, são chácaras ou fazendas que abrigam animais e alguns até com visitação. Nem sempre esses locais têm condições de oferecer a estrutura e o manejo necessários para cada espécie. Na verdade, o que pode acontecer é um animal ser retirado de um cativeiro e levado para outro cativeiro com um nome bonito.

17 - Qual é a posição da ProAnima sobre os modelos bem-estarista e abolicionista ou de direitos dos animais?

Dentro do movimento de proteção animal atual, encontramos os modelos bem-estarista e abolicionista ou de direitos dos animais. O grande debate é sobre os fins, meios e estratégias, além de opções éticas, de defesa dos animais: o que queremos para os animais, como lutaremos para este fim e que tipo de ética pessoal e institucional é compatível com estas escolhas?

Esse é um debate extensivo, difícil e muitas vezes acalorado e desagregador no movimento de proteção animal. Por outro lado, é um debate necessário, pois faz avançar nosso questionamento ético.

Em um extremo do espectro, está a visão bem-estarista total: podemos usar os animais à vontade (para espetáculos, para consumo, na ciência, etc.), desde que eles tenham uma vida razoavelmente poupada de sofrimentos, ou seja, se houver gaiolas “enriquecidas”, abate “humanitário”, bom alimento, etc.

Em outro extremo, está a visão abolicionista total: nenhum tipo de uso ou intervenção (e às vezes, mesmo de convivência) humana seria eticamente aceitável e qualquer medida de promoção gradativa de bem-estar dos animais usados age contra o interesse deles.

Na vida real, no entanto, é mais difícil essa POLARIZAÇÃO e mesmo entidades com fama de “abolicionistas” agem com estratégias múltiplas (por exemplo, promovendo o vegetarianismo, mas também fazendo pressões para que corporações mudem os sistemas de confinamento de animais de produção). De sua parte, muitos indivíduos que trabalham na promoção de medidas bem-estaristas não veem o bem-estar animal como um fim, mas como o “melhor possível” dentro da situação atual.

As divergências começam a aparecer em como lidar com o uso de animais em âmbitos nos quais as chances de mudanças imediatas parecem ser menores por conta da oposição de poderes econômicos e falta de conscientização da sociedade. O dilema é: enquanto as mudanças totais não acontecem, não seria a promoção de passos intermediários uma capitulação, ou pior, uma maneira de contribuir com o “inimigo”?

A posição da ProAnima: nossa visão é um mundo no qual todas as relações com os animais se pautem pelo respeito e valor de suas vidas, quer seja o animal de uma espécie silvestre, exótica, “superpopulosa”, rara, habitualmente domesticada, o que quer que seja. Reconhecemos em cada animal a capacidade de sentir dor, estresse e medo, assim como o conforto e o prazer, e vemos como necessidade ética a busca de modos de vida que não façam o mal, e sim respeitem as necessidades de cada indivíduo.

Temos consciência de que, ao mesmo tempo em que pesquisamos e divulgamos modos de vida que respeitam a vida dos outros seres (e nos esforçamos individualmente para avançar neste sentido), haverá situações em que estará no interesse dos animais serem poupados das formas mais abusivas da existência. Assim, em cada momento e em cada caso, avaliaremos quais são as ações e estratégias que mais potencial terão para salvar vidas, mesmo em prazos diferentes.

Dessa forma, não nos fechamos a alianças com iniciativas bem-estaristas desde que pesada a viabilidade das alternativas e aplicação máxima das leis. Por outro lado, a ProAnima procurará sempre estimular seus associados, amigos, parceiros e membros do público a adotarem um estilo de vida HOJE que seja o mais respeitoso possível com as diversas formas de vida. Sabemos que, em determinados âmbitos e esferas, as mudanças serão paulatinas. Nossa atuação sempre procurará avaliar estratégias na direção do melhor avanço possível para os animais.

18 - Posso ser voluntário da ProAnima se eu não sou vegetariano nem vegano?

Ser vegetariano ou vegano não é condição para ser voluntário da ProAnima !!!

Como um coletivo de pessoas que se preocupam com todos os animais, não só com cães e gatos, procuramos sempre nos informar sobre como todos eles vivem, inclusive os que são frequentemente “consumidos” em nossa cultura, e essa informação leva muitos de nós a buscar — cada um no seu ritmo, de acordo com seu desejo — formas de vida que não façam mal aos animais.

Em nossos eventos, em respeito e celebração a essa consciência partilhada, servimos produtos veganos e procuramos sempre divulgar opções de consumo que respeitem a vida.

Em nosso convívio, com alegria, acolhimento e pesquisa coletiva, procuramos pensar juntos sobre essas opções e isso estimula muitos que acompanham nosso trabalho e nossos voluntários a mudarem seus hábitos com relação à alimentação e a outras formas de consumo.

Da mesma forma a ProAnima promove ações de sustentabilidade ambiental, disseminando informações, para os seus voluntários e para o público em geral, sobre meio ambiente, consumo sustentável e a busca da qualidade de vida.

19 - Vocês podem me ajudar com meu trabalho de escola/faculdade?

Na medida do possível, ajudaremos disponibilizando nossos materiais e apontando para recursos encontrados online. No entanto, esperamos que você entenda que somos voluntários, e temos pouco tempo e poucas pessoas para muitos trabalhos. Assim, pedimos a compreensão para a nossa impossibilidade de marcarmos reuniões ou atividades que demandem nosso já escasso tempo para trabalhos escolares.

20 - A ProAnima tem estatísticas de animais abandonados?

Não. Inexistem estatísticas oficiais de animais abandonados. Seria muito difícil:

- quem abandona, obviamente, não comunica o abandono: lembre-se que abandonar animais é maus-tratos e é um crime previsto em Lei Federal;
- não existem abrigos públicos para onde os animais abandonados sejam levados e que mantenham um cadastro;
- muitos animais abandonados morrem atropelados;
- não existe um órgão público encarregado de manter/fazer esta estatística; e
- quem recolhe um animal não comunica que recolheu; se quisesse fazê-lo, não teria a quem

O que existem são estimativas! Leia no link abaixo:
https://anda.jusbrasil.com.br/noticias/100681698/brasil-tem-30-milhoes-de-animais-abandonados

A ProAnima - Associação Protetora dos Animais do DF - luta desde 2003 pelos direitos dos animais. Apóie a nossa causa. Divulgue o nosso trabalho.